Geografia Visual https://geografiavisual.com.br Blog educacional gratuito e aberto, publicado desde 2011. Mon, 23 Jan 2023 20:08:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.9.25 Resumo ilustrado: urbanização https://geografiavisual.com.br/infografico/resumo-ilustrado-urbanizacao https://geografiavisual.com.br/infografico/resumo-ilustrado-urbanizacao#respond Sun, 13 Sep 2020 22:31:30 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=5004 Muita gente acha que urbanização é sinônimo de cidade – o que não está correto. Para entender o que é urbanização, é importante relacionar campo, indústria e cidade.

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Para deixar tudo isso mais claro, fiz um resumo ilustrado utilizando o Canva, uma ferramenta onde você cria facilmente seus próprios designs.

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Desertos: produção do espaço geográfico https://geografiavisual.com.br/fotografias/paisagem-desertos https://geografiavisual.com.br/fotografias/paisagem-desertos#respond Sun, 24 May 2020 00:39:21 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4985 A palavra deserto suscita lugares abandonados e improdutivos. O mundo está repleto de exemplos que contestam essa ideia. A escassez hídrica é superada com a tecnologia e o espaço geográfico é produzido de diferentes maneiras nos desertos.

Imagem: Google Earth. Edição de imagem: Adriano Liziero

Imagem: Google Earth. Edição de imagem: Adriano Liziero

Um exemplo é esse, no deserto de Mojave (Califórnia – EUA): uma pista de testes da Hyundai. O isolamento do deserto ajuda a manter os segredos industriais.

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Nem sempre desertos são áreas inóspitas. Para aviões, os desertos não são nada rudes. Pelo contrário, a falta de água na atmosfera conserva os materiais das aeronaves por mais tempo.

Imagem: Google Earth. Edição de imagem: Adriano Liziero

No deserto de Sonora, no Arizona (EUA), aviões que não estão sendo utilizados podem ser guardados sem o risco de enferrujarem. Com a pandemia do novo coronavírus, muitos aviões que deixaram de voar estão armazenados neste local, chamado de Pinal Country Airpark.

Para muitos, a areia faz parte do imaginário dos desertos. Contudo, a paisagem dos desertos pode ser toda branca, formada por gelo ou sal.

Imagem: Google Earth. Edição de imagem: Adriano Liziero

Esta imagem é de um deserto de sal na Bolívia (Uyuni), onde o lítio, o potássio e o sal de cozinha são explorados.

Bônus: entenda o salar de Uyuni

Imagem: George Steinmetz. Reprodução do Instagram @geosteinmetz

Por que o Salar de Uyuni é repleto de polígonos? Essa foi a primeira pergunta que me fiz quando, pela primeira vez, vi a imensidão de sal se perder no horizonte durante o nascer do sol, em uma das experiências mais incríveis da minha vida.

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Olhando o solo de perto, percebe-se que ele não é compacto. Ao caminhar, sente-se o chão se quebrando, pois o solo é formado por diferentes camadas de sal, com 2 a 10 metros de espessura cada. Entre essas camadas, a água da chuva se acumula e infiltra lentamente, após permanecer como uma fina camada na superfície de sal, criando uma espécie de espelho que reflete o céu e inspira fotos incríveis.

Com o calor do sol, a água profunda, armazenada entre as camadas de sal, evapora, liberando o vapor que precisa de espaço para chegar à superfície. O caminho do vapor abre fraturas no solo e forma os polígonos, que são a marca do salar.

Muitos acreditam que, por ser um deserto, não há chuva no salar boliviano. Na verdade, o salar de Uyuni recebe chuvas em janeiro, mas a alta salinidade da água dificulta o desenvolvimento da vida, caracterizando a região como um deserto.

Antes de virar um deserto, o Salar de Uyuni era mar. Com a formação da Cordilheira do Andes, a água salgada ficou aprisionada a 3600 metros de altitude, formando um lago que depois evaporou, sobrando o sal que hoje vemos nessa imensa paisagem, do tamanho de 1.200.000 campos de futebol.

Prova de que o salar já foi mar é a existência de pequenas elevações constituídas por antigos corais, como a famosa Isla del Pescado.

Imagem: Martin St-Amant – Wikipedia – CC-BY-SA-3.0

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A relação entre a fronteira agrícola e o arco do desmatamento na Amazônia https://geografiavisual.com.br/fotografias/a-relacao-entre-a-fronteira-agricola-e-o-arco-do-desmatamento-na-amazonia https://geografiavisual.com.br/fotografias/a-relacao-entre-a-fronteira-agricola-e-o-arco-do-desmatamento-na-amazonia#respond Mon, 20 Apr 2020 22:30:46 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4925

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A floresta amazônica já perdeu 20% da área original e está prestes a atingir o limite de desflorestamento irreversível, a partir do qual a paisagem deixará de contar com extensas florestas contínuas para dar lugar a uma vegetação rala e esparsa, com baixa diversidade.
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Na Amazônia brasileira, a principal responsável pelo desmatamento é a pecuária. A criação de gado na região geralmente é extensiva, com baixo investimento e pouco preparo do solo. As queimadas são largamente utilizadas para a abertura de novos pastos, sendo uma das principais responsáveis pelas mudanças climáticas globais.

É comum que a soja ocupe antigos pastos amazônicos a partir da recuperação do solo com o uso de tecnologia. Dessa forma, embora a cultura da soja no bioma amazônico seja crescente, incentivada pela alta demanda mundial de grãos, os dados de desmatamento relacionados à soja não são tão significativos como os da pecuária, a responsável por abrir novas terras à agricultura.

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Rodovias: vetores da expansão agropecuária

A abertura de estradas a partir da década de 1960, especialmente as rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, facilitaram a chegada de colonos e a derrubada da floresta amazônica. Quase todo o desmatamento na Amazônia ocorre a 5,5 km de alguma estrada ou a 1 km de rios, segundo estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. Esse tipo de desmatamento é conhecido como “espinha de peixe”, formando mosaicos de áreas devastadas ao longo de estradas, intercalados com pequenos fragmentos florestais.

A BR-163 é um exemplo da relação entre rodovia e desmatamento na Amazônia. Inaugurada em 1976, possui 3.579 km de extensão, desde o Rio Grande do Sul até o Pará. A imagem abaixo é próxima a essa rodovia, no trecho situado no limite entre os estados do Mato Grosso e do Pará. Essa é uma das regiões onde há maior índice de desmatamento da Amazônia.

Fronteira agrícola

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Em 1960, o Brasil era um país que precisava importar alimentos, inclusive carne e frango. Atualmente, o país é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo e possui o maior rebanho bovino do planeta.

Foram as inovações tecnológicas, ocorridas a partir da década de 1970, as responsáveis por modificar o campo brasileiro. Com elas, a agricultura ficou menos dependente dos ciclos naturais, expandiu a área cultivada e experimentou um aumento na produtividade. A mecanização, a incorporação de novos solos a partir do uso de fertilizantes químicos e a biotecnologia são algumas das principais características da modernização das atividades agropecuárias. Essas transformações no campo se instalaram especialmente na região Centro-Sul, beneficiando sobretudo culturas voltadas à exportação, como a cana, a soja e a laranja.
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Com a intensa modernização agrícola ocorrida no Centro-Sul, novas terras passaram a ser incorporadas em direção ao Centro-Oeste e Norte do país a partir da década de 1970. Esse processo é chamado de expansão da fronteira agrícola, marcando o limite entre o que já está e o que ainda será ocupado. Esse limite também pode ser entendido como o avanço da agropecuária sobre o cerrado e a chegada até as bordas da amazônia.

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O Brasil é um dos países com maior fronteira agrícola do mundo, além de ser um dos que mais expandiram a sua área de cultivo. Ainda assim, o país ainda possui um imenso estoque de terra a explorar.

Autor: José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, IPEA (2016)

O Estado brasileiro participou intensamente da expansão da fronteira agrícola, ordenando a ocupação do campo com incentivos fiscais, projetos agropecuários e de colonização ao longo de rodovias. A criação da  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1972, foi decisiva para desenvolver sistemas de produção mais eficientes.

A utilização comercial das terras do Cerrado foi intensificada com a calagem, uma técnica de correção química do solo ácido. A tropicalização da soja com o uso da biotecnologia propiciou que essa cultura avançasse rumo ao norte, ocupando os chapadões do Brasil central, cuja topografia suave facilita a mecanização.
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A mais recente fronteira agrícola do Brasil, iniciada a partir dos anos 1990, é denominada Matopiba, acrônimo para os estados do Maranhão, Tocantins, Piaui e Bahia. Até o final da década de 1980, e pecuária extensiva era a atividade mais comum nessa região. Hoje, esses estados respondem por grande parte da produção de grãos, especialmente soja, e contam com intensa modernização do campo.

Arco do desmatamento 

O avanço da fronteira agrícola se deu sobretudo sobre o Cerrado, que por coincidência é o bioma mais devastado do Brasil, com 52% da sua área original já perdida. Na Amazônia, a chegada da fronteira agrícola se iniciou a partir dos anos 1970, com a participação do Estado no ordenamento de ocupações. O regime militar vigente na época visava ocupar espaços vazios e, com isso, controlar o território nacional. Assentamentos ao lado de rodovias federais recém construídas foram incentivadas e atraíram muitos colonos.
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Hoje, essa região forma o chamado arco do desmatamento, um território com 256 municípios que vai do oeste do maranhão e sul do Pará em direção a oeste, passando pelos estados do Mato Grosso, Rondônia e Acre. Ali, ocorrem 75% dos desmatamentos na Amazônia, especialmente no entorno de rodovias.

Em 2019, os estados do Pará e do Mato Grosso foram os que mais sofreram com o desmatamento. Clique na imagem abaixo e explore no Google Maps essa área situada no arco de desmatamento, no limite entre o Pará e o Mato Grosso. Perceba as estradas de terra que se originaram a partir da BR 163, um importante eixo de escoamento da produção agropecuária.

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Como a análise espacial pode contribuir com a saúde pública https://geografiavisual.com.br/mapas/como-a-analise-espacial-pode-contribuir-com-a-saude-publica https://geografiavisual.com.br/mapas/como-a-analise-espacial-pode-contribuir-com-a-saude-publica#comments Mon, 09 Mar 2020 20:27:09 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4918 A cólera marcou profundamente a história da humanidade a partir do século XIX. Surgida na Ásia, a doença se espalhou pelo globo com a intensificação do contato entre o Velho e o Novo Mundos por conta da crescente industrialização e da abertura de novas rotas comerciais.

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As tripulações dos navios britânicos conduziram a doença desde a Índia até a Europa, contaminando outros povos ao longo do percurso. A epidemia se alastrou para outros continentes, seguindo fluxos migratórios, manobras militares e rotas comerciais.

Em 1850, a navegação a vapor e o transporte ferroviário intensificaram a circulação de pessoas e contribuíram para que a cólera se transformasse em uma pandemia, a primeira do mundo moderno.

Nessa época, Londres era uma cidade em expansão, com dois milhões e meio de habitantes, mas com sérios problemas de saneamento básico. Os alimentos que abasteciam a população vinham da área agrícola circundante à cidade, cujo solo era fertilizado com os dejetos urbanos.

Com a expansão do território urbano, transportar esses dejetos para o campo se tornou uma atividade cara. Na falta de um sistema de esgoto, fezes e outros resíduos eram armazenados nos porões das casas e lançados no Rio Tâmisa, que atravessa a cidade e abastecia a população.

Com 346 km de extensão, o Tâmisa é o maior rio inteiramente em solo inglês. Em 1858, o rio era conhecido como rio fedorento. Hoje, está despoluído.

A cólera vinha atingindo Londres desde 1830, causando diarreia e mortes. Na época, os médicos acreditavam que a doença era transmitida pelo ar fétido da cidade. Em 1853, surtos de cólera mataram mais de 10 mil londrinos.

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No ano seguinte, um novo surto causou a morte de 127 pessoas em um único dia, num mesmo bairro. Esses surtos foram estudados pelo médico britânico John Snow, que defendia que a cólera não era propagada pelo ar, mas pelo consumo de água contaminada com esgoto.

Para comprovar a sua tese, John Snow colocou em um mapa as casas dos doentes (em vermelho, no mapa abaixo) e os poços de água (em azul, no mapa) do bairro que havia sofrido o surto de cólera.

Com a espacialização dos dados, o médico notou que a maioria dos doentes morava perto de uma fonte de água localizada em uma via chamada Broad Street, e sugeriu que o poço fosse interditado. Logo após a fonte de água ser fechada, a doença parou de se propagar no bairro.

O mapa do Dr. Snow é considerado um marco da análise espacial de dados. Caso o médico apenas listasse os domicílios onde residiam doentes, seria difícil perceber a relação espacial entre a propagação da doença e as fontes de água.

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A geografia de uma pandemia https://geografiavisual.com.br/mapas/a-geografia-de-uma-pandemia https://geografiavisual.com.br/mapas/a-geografia-de-uma-pandemia#respond Mon, 27 Jan 2020 20:46:29 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4907

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Quando uma doença atinge muitas pessoas em um curto período de tempo, a classificamos como epidemia. Uma epidemia pode se transformar em pandemia quando a doença se espalha para vários países e a mais de um continente. No entanto, o termo só é utilizado pela comunidade internacional após classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), agência subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU).

As epidemias são monitoradas pela OMS e recebem classificações de acordo com o nível de risco em escalas regional e mundial. Uma doença de elevado nível de risco mundial pode evoluir para uma pandemia quando o surto exige reação de todos os países do mundo, como aconteceu, por exemplo, com a gripe suína, em 2009.

A classificação do risco de contaminação é importante para que os países conheçam a gravidade de um surto, saibam lidar com a doença e formulem em conjunto as contramedidas médicas necessárias, incluindo pesquisas, vigilância sanitária, detecção precoce, isolamento e manejo de casos.

A maior pandemia de que se tem notícia

Um hospital nos Estados Unidos, em 1918, lotado de vítimas da gripe espanhola.

Entre 1918 e 1919, a chamada gripe espanhola matou cerca de 50 milhões de pessoas, bem mais do que outras pandemias de gripe. Para se ter uma ideia da letalidade da gripe espanhola, a pandemia de gripe asiática matou 2 milhões de pessoas em 1957, o mesmo que a gripe de Hong Kong vitimou anos depois, em 1968. Já em 2009, a pandemia de gripe suína gerou 600 mil mortes.

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Por que a gripe espanhola foi muito mais letal do que as pandemias mais recentes, sendo que no mundo globalizado da atualidade a propagação mundial de doenças é muito mais fácil? A resposta não tem nada a ver com a maior ou menor letalidade do vírus, pois as pandemias de gripe têm origens semelhantes.

Em 1918, a medicina não conhecia os vírus causadores dessas gripes pandêmicas. Tampouco existiam medicamentos e vacinas antivirais que, hoje, são decisivos no tratamento dessas doenças.

Embora os fluxos do mundo globalizado sejam mais intensos do que antes, os avanços da medicina, em conjunto com as melhorias no saneamento das cidades e a diminuição da pobreza contribuíram para a queda da mortalidade por doenças infecciosas a partir do século 20.

Como a gripe espanhola se tornou uma pandemia em um mundo menos interligado que o de atualmente?

Doze anos antes da gripe espanhola, Santos Dumont sobrevoava Paris pela primeira vez com o seu 14-Bis. Pouco tempo depois, em 1913, voava o primeiro avião comercial, com capacidade para 16 ocupantes e autonomia de 1.000 km.

De meados do século XIX até meados do século XX, o capitalismo industrial possibilitou uma segunda fase da globalização, quando os transportes e a comunicação experimentaram grandes avanços tecnológicos, especialmente com a difusão das ferrovias. Quando o mundo vivia a gripe espanhola, em 1918, a circulação de pessoas e de mercadorias em escala mundial ocorria em uma velocidade muito mais lenta que a de atualmente.

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) contribuiu com a pandemia, uma vez que populações que antes tinham pouco contato passaram a se encontrar nas trincheiras e campos de batalha. Logo, a doença se espalhou pelo mundo, infectando 500 milhões de pessoas, um terço da população mundial na época.

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Se a gripe espanhola surgisse na atualidade, na quarta fase da globalização, a doença poderia se espalhar mundialmente em apenas 36 horas, de acordo com estudos da Global Preparedness Monitoring Board (GPMB), órgão do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde.

Risco de pandemias é maior que nunca

A maior fluidez espacial proporcionada pela globalização explica a maior propensão do mundo a pandemias, mas não de forma exclusiva. De acordo com a GPMB, a rápida circulação global de vírus letais é favorecida por migrações forçadas, mudanças climáticas, crescente urbanização e falta de saneamento básico.

Embora, como vimos, os avanços médicos e de saneamento básico tenham reduzido muito o número de mortos por infecções, o mundo ainda convive com locais que possuem sistemas de saúde precários e escassez de saneamento básico. Os surtos mais graves de doenças como Ebola, cólera e sarampo geralmente ocorrem em regiões empobrecidas e, num mundo globalizado, podem se espalhar mundialmente em poucas horas.

De acordo com o relatório A World At Risk, do GPMB, uma pandemia pode destruir 5% da economia global, além de colapsar muitos sistemas nacionais de saúde, atingindo principalmente as comunidades mais pobres.

2020: o caso do coronavírus na China

Em meio a um surto de coronavírus, dezenas de retroescavadeiras iniciam a construção relâmpago de um hospital em Wuhan.

Este post está sendo escrito no dia em que a OMS aumentou para elevado o risco internacional de contaminação de um novo vírus que ataca o sistema respiratório e que, até o momento, infectou mais de 2 mil pessoas e atingiu outros 12 países, em 4 continentes.

Ele pertence à família dos coronavírus e, ao contrário de outros surtos mortais, é transmissível em seu período de incubação, ou seja, antes dos sintomas aparecerem.

Até o momento que escrevo o post, não se sabe a origem do vírus, mas autoridades de saúde chinesas apontam para espécies selvagens que eram vendidas para consumo humano em Wuhan, cidade mais populosa da China Central, com 10 milhões de habitantes.

Videoaula: geografia do coronavírus – COVID 19

Epidemias em tempo real

O site HealthMap reúne informações de surtos de doenças em diversos países. Ao clicar nos círculos, é possível visualizar a doença e informações sobre os casos mapeados.

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Jovens transformam relatório da ONU sobre mudanças climáticas em infográfico https://geografiavisual.com.br/infografico/infografico-mudancas-climaticas https://geografiavisual.com.br/infografico/infografico-mudancas-climaticas#respond Wed, 11 Dec 2019 20:17:43 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4866 Os jovens brasileiros defendem a ciência, mas desconhecem a produção científica realizada no país. Essa foi a conclusão de uma pesquisa inédita sobre divulgação científica para jovens de 15 a 24 anos, realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT).

Sobre as mudanças climáticas, 54% dos jovens acham que os cientistas estão exagerando o problema, ou seja, sabem que as mudanças climáticas existem, mas não acreditam que o mundo já vive uma emergência climática.

Para que o conhecimento científico sobre as mudanças climáticas chegue à juventude, foi lançado o Observatório Jovem de Mudanças Climáticas da Baixada Santista. A iniciativa faz parte de um movimento global chamado My Mark My City, promovido pelo Museu da ONU. Na Baixada Santista (SP), o movimento foi implementado pelo Instituto Procomum, com o apoio do Conselho Britânico.

O Observatório Jovem traduziu um dos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, em um infográfico, material didático que, com a ajuda de imagens e textos, simplifica informações complexas.

O infográfico foi idealizado por seis jovens do ensino médio do Liceu Santista, instituição de ensino da cidade de Santos (SP), com a orientação do Geografia Visual.

O material a seguir está publicado com uma licença aberta Creative Commons, que possibilita o reúso e o remix.

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De onde vem e como é produzido o salmão que você come https://geografiavisual.com.br/fotografias/salmao https://geografiavisual.com.br/fotografias/salmao#respond Sat, 13 Jul 2019 21:00:04 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4792

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Foto:@reedplummeimages

Provavelmente o salmão que você come não vem de cardumes selvagens. Se todos consumissem o salmão proveniente da pesca, talvez esse peixe já estivesse extinto.

Cerca de 70% do salmão consumido no mundo vêm de viveiros. No Brasil, onde o consumo desse peixe aumentou nos últimos vinte anos, quase todo o salmão vem de viveiros do Chile, país que é o segundo maior produtor mundial do peixe, atrás apenas da Noruega.

Salmão e correntes marítimas

Um terço de todo o salmão vendido no mundo vem do Chile. As águas frias da corrente marítima de Humboldt, proveniente da Antártida, incidem sobre a costa chilena e favorecem o desenvolvimento do salmão, adaptado a águas geladas.

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Um fator importante para a indústria pesqueira na costa chilena é a existência de muitos nutrientes trazidos do fundo do mar por conta da ação do vento, que “empurra” as águas superficiais mais quentes para longe da costa, possibilitando a ascensão da água fria e rica em nutrientes que favorecem a cadeia alimentar marinha.

Os impactos da salmonicultura

A cor avermelhada do salmão selvagem se deve a um corante natural presente em camarões. Por ser um predador de camarões, o corante presente no crustáceo deixa a carne do salmão com tons rosados ou vermelhos.

Em cativeiro, a carne adquire essa coloração artificialmente, com o uso de farinha de camarão, corantes naturais de cenoura ou tomate e até mesmo derivados de petróleo.

A criação do salmão em cativeiro gera uma série de impactos. A cada quilo de salmão produzido, são necessários 2,5 a 5 quilos de peixe como ração, o que gera uma forte pressão sobre o ambiente marinho.

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As gaiolas lotadas de salmão saturam o mar com ração e fezes, o que pode aumentar a proliferação de algas tóxicas. Foi o que aconteceu no sul do Chile em 2016, dando origem a um fenômeno conhecido como maré vermelha.

A infestação de algas tóxicas associada à criação massiva do salmão prejudicou a pesca artesanal, pois contaminou o pescado. Isso gerou uma onda de protestos contra o governo chileno e a salmonicultura. Esse conflito motivou a produção do documentário “Salmonopólio”, que apresenta críticas a esse setor da economia [em Espanhol].

 

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Essa ilha no Caribe é um dos lugares mais apertados do mundo https://geografiavisual.com.br/fotografias/essa-ilha-no-caribe-e-um-dos-lugares-mais-apertados-do-mundo https://geografiavisual.com.br/fotografias/essa-ilha-no-caribe-e-um-dos-lugares-mais-apertados-do-mundo#respond Sat, 06 Jul 2019 19:49:36 +0000 https://geografiavisual.com.br/?p=4782

Foto: La Drones

Essa é uma das ilhas paradisíacas do Caribe colombiano, um dos principais destinos turísticos do mundo.

Apesar do mar azul turquesa típico do Caribe, Santa Cruz del Islote se destaca na paisagem não pela beleza, mas por ser um dos lugares mais ocupados do mundo.

Distante duas horas de barco de Cartagena, a ilha abriga 1.250 pessoas em um espaço do tamanho de um campo de futebol.

Como é viver em Santa Cruz del Islote?

Toda a água doce da ilha é trazida pela marinha ou captada da chuva. Não há saneamento básico e só há energia durante duas horas por dia, graças a painéis solares e um gerador.

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Você deve estar se perguntando porquê, afinal, essas pessoas vivem apertadas nessa ilha, em condições tão difíceis.

Os recifes de coral, ecossistema marinho onde vivem 65% dos peixes do mundo, explicam parte do interesse pelo lugar. Há 150 anos, a ilha foi habitada por pescadores, que ali formaram famílias.

O turismo é outro elemento importante para entender a ocupação. Muitas pessoas da ilha são mão de obra barata em hotéis de luxo e precisam de um lugar barato para viver.

Santa Cruz del Islote tem a maior densidade demográfica do mundo?

Se você pesquisar na internet, verá que Santa Cruz del Islote é considerado o lugar com a maior densidade populacional do mundo, com 125 mil hab/km².

Embora a ilha tenha 1.250 habitantes vivendo em apenas 10.000 m², o que daria 0,125 hab/m², por definição a densidade demográfica é calculada em hab/km².

Mônaco é considerado como o detentor da maior densidade populacional do mundo, com 21.812 hab/km², bem menos que os 125 mil hab/km² de Santa Cruz del Islote.

Vista panorâmica de La Condamine, Mônaco. Foto: Mgimelfarb

Mas, será que é razoável comparar Santa Cruz del Islote com uma cidade ou um país, onde existe a possibilidade da população estar mais ou menos distribuída pelo espaço?

Seria melhor comparar a ilha com um bairro adensado. Nesse caso, Santa Cruz del Islote perderia para Mong Kok, um bairro de Hong Kong com densidade populacional de 130 mil hab/km².

Mong Kok, lugar com maior densidade demográfica do mundo, em Hong Kong. Foto: Jason Lam/Pexels

Mesmo assim, é impressionante que Santa Cruz del Islote tenha uma densidade populacional tão alta, pois, ao contrário de Mog Kok, a ilha não é verticalizada. Suas 97 casas abrigam, em média, 13 pessoas, em espaços muito pequenos.

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