Os terremotos explicados em vídeo, GIF e slide

Fernando Soares de Jesus

Colaboração para o Geografia Visual

14 de junho de 2017

Não é incomum vermos em telejornais ou na internet notícias de países ou regiões inteiras que foram arrasadas por abalos sísmicos. De fato, tremores de terra ocorrem com certa frequência no nosso planeta.

Mas, você sabe por que eles ocorrem? A resposta está na dinâmica interna da Terra.

A camada mais externa do planeta, a litosfera, é dividida em placas tectônicas. Estas placas navegam sobre um material plástico, que compõe a chamada astenosfera.

A astenosfera apresenta movimentos, tanto na vertical quanto na horizontal, o que acaba por empurrar as placas tectônicas para diferentes direções, inclusive uma contra a outra.

Nas regiões onde as placas seguem em sentidos contrários, ocorre a efusão de material magmático, que acaba por acelerar o choque entre as bordas contrárias.

O vídeo abaixo mostra as áreas onde há ocorrência de terremotos – justamente onde há o choque entre placas tectônicas.

O slide a seguir, feito pelo Geografia Visual, narra este processo, além de dar dicas de como se proteger em casos de terremotos.

No slide, vemos dois exemplos de terremotos bastante ilustrativos: um, que ocorreu em 2010, no Haiti, matando cerca de 300 mil pessoas, com 7 graus na escala Richter, e outro, que ocorreu no Japão em 2011, matando 15 mil pessoas, com 8,9 graus na escala Richter.

Por que o terremoto no Haiti matou mais pessoas, sendo que foi bem mais fraco que o japonês?

André Dantas, engenheiro civil associado da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia), em entrevista ao Portal IG, explica que os prédios japoneses são construídos com diferentes sistemas de proteção, como sistemas de amortecedores na fundação, materiais especiais nas junções entre colunas e lajes, pêndulos na parte superior do prédio e revestimentos de borracha nos vidros.

Este experimento mostra os efeitos práticos destes sistemas:

A exemplo do Japão, o Chile é outro país onde a preocupação em relação aos terremotos é constante.

No país, conforme noticiou a BBC, a legislação para a construção civil em áreas urbanas é rígida, auxiliando na mitigação da destruição por terremotos. Além disso, por sofrer abalos com certa frequência, a população chilena é treinada desde a infância para este tipo de situação.

Segundo a reportagem, em setembro de 2014, foi emitido um aviso às 19h55 pelo governo chileno alertando sobre um possível terremoto. No fim da noite, 600 mil pessoas já haviam saído de suas casas em busca de um local seguro.

É válido lembrar também que a distância e a profundidade do epicentro são fatores fundamentais para o poder de destruição dos terremotos.

O terremoto de 2014 do Chile ocorreu a 177 km da cidade de Valparaíso, e a uma profundidade de 11 km, enquanto que o do Haiti ocorreu a apenas 25 km de Porto Príncipe, e a uma profundidade de 10 km.

Em países como Haiti e Nepal, onde as construções são mais precárias, o impacto de um terremoto é muito maior.

Além da perda material e do número superior de mortos, esses países sofrem com a falta de hospitais e até mesmo de alimentos. Nesses casos, o impacto social e psicológico sobre a população é consideravelmente maior.

Fernando Soares de Jesus

Colaboração para o Geografia Visual

A Geografia faz parte da minha vida desde a infância. Se me perguntassem “o que você quer ser quando você crescer?”, certamente a minha resposta seria “ser geógrafo”. Isto me incentivou em, ainda no primeiro ano do ensino médio, em 2013, criar o site Geografia Opinativa. Natural de Imbituba (SC), atualmente curso Geografia na UFSC, em Florianópolis, e busco a cada dia contribuir com o compartilhamento e com a democratização do conhecimento geográfico.

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