Hong Kong, uma das cidades mais verticalizadas do mundo

Adriano Liziero

Adriano Liziero

Editor | Geógrafo

18 de fevereiro de 2019

Hong Kong é a cidade com o maior número de arranha-céus do mundo. Além de contar com 315 prédios acima de 150 metros de altura, possui praticamente toda a sua área urbana verticalizada, com quase 8.000 edifícios.

Por trás da fachada glamorosa dos arranha-céus dessa cidade que é um dos maiores centros financeiros do mundo, cerca de 200 mil pessoas vivem em cubículos que variam de 4,5 a 30 metros quadrados.

Com uma população de quase 7,5 milhões e pouco território urbano disponível, Hong Kong tem o mercado imobiliário mais caro do mundo. Pressionadas por alugueis altíssimos, muitas pessoas são obrigadas a viver em apartamentos divididos em espécies de jaulas, onde cozinha e banheiro se fundem, medindo 1,80 x 0,76 metros.

A intensa verticalização de Hong Kong configura uma “cidade sem chão”, pois até mesmo alguns espaços públicos, como praças e jardins, ficam dentro das edificações. Ao observar a cidade do alto, vemos que os prédios encontram-se densamente agrupados, formando um dos territórios urbanos mais ocupados do mundo, com 6.544 habitantes por quilômetro quadrado.

A última foto dessa galeria, que mostra um dos cubículos de Hong Kong, é bastante triste. Nela, um homem descansa em sua cama, embora não tenha espaço para esticar as pernas. Ele come feijões enlatados e, em seu cômodo sem janelas e repleto de roupas penduradas nas paredes, assiste a uma pequena televisão que mostra um arco-íris.

Como aceitar que alguém viva nessas condições, especialmente em uma das maiores economias do mundo?

Imagens da galeria: fotos 1, 3 e 4: Michael Wolf; foto 2: Andy Yeung; foto 5: Benny Lam.

Adriano Liziero

Adriano Liziero

Editor | Geógrafo

Estudei Geografia influenciado pela experiência de viver em Angola, país que despertou em mim a vontade de compreender o mundo. Trabalho como autor e editor no mercado editorial de didáticos e sou documentarista de meio ambiente.

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