O Brasil tem montanhas?
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Alguns livros didáticos ensinam que o Brasil é um país sem montanhas. Na internet, há amplas discussões que não chegam a um veredito, pois não trabalham com os conceitos que envolvem o tema.
Então, além de responder, vamos entender o que está por trás da formação das montanhas?
1. Não devemos classificar montanhas de acordo com a altitude, mas sim com o processo de formação.
Muito já foi pesquisado e escrito sobre a origem das montanhas. No livro “Geologia Geral”, de Leinz e Amaral, é explicado que montanha não é qualquer elevação que se destaca na paisagem e que ela é classificada de acordo com os tipos de força geológica que a origina.
Então, nada de chamar qualquer ladeira de montanha, ok?
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2. Montanhas podem ter origem vulcânica, erosiva, por falhamentos ou por dobramentos.
As montanhas de origem vulcânica são formadas pela acumulação do material expelido pelo vulcão (lava, material piroclástico) em torno da cratera.
As montanhas resultantes da erosão são formadas quando o relevo é esculpido por agentes externos ou por levantamentos epirogenéticos, fazendo com que uma região antes plana passe a ter relevo montanhoso.
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As montanhas formadas por falhamentos ocorrem em áreas planas que foram atingidas por tectonismo, que fragmentou o terreno em vários pedaços, deslocando-os uns em relação aos outros, formando grandes escarpas com aspecto de montanha.
As montanhas formadas por dobramentos são áreas que sofreram forças compressionais, resultante da colisão de duas placas tectônicas. Elas são as montanhas mais clássicas do planeta, formando grandes cordilheiras.
3. Os dobramentos podem ser modernos ou antigos
É comum ler que as montanhas estão associadas aos dobramentos modernos, registrados na era Cenozóica, que tem início há 65,5 milhões de anos e se estende até hoje. Em um planeta que tem 4,54 bilhões de anos, a era Cenozóica é muito recente.
Mas, será que em toda essa idade que o planeta Terra possui, os dobramentos só ocorreram em tempos geológicos mais recentes? A resposta é não. Existem dobramentos mais antigos, registrados desde o período Pré-Cambriano.
4. A formação da Pangéia originou dobramentos no Brasil
Até o início do período Jurássico, há cerca de 180 milhões de anos (era Mesozóica), as placas tectônicas estavam reunidas em um supercontinente, chamado Pangéia. No final do Jurássico, mais ou menos ao norte do Equador, houve o rompimento do supercontinente, dividindo-se inicialmente em dois (Laurásia e Gondwana). Essa deriva continental produziu cadeias de montanhas, inclusive no Brasil.
Somam-se a isso as montanhas formadas por falhamentos, decorrentes de movimentos basculantes provocados pela orogênese nos Andes, que provocaram uma epirogênese na placa sulamericana.
5. As montanhas brasileiras foram desgastadas por agentes externos
As montanhas brasileiras não são tão altas como as dos Andes porque são mais antigas que estas, expostas, portanto, a longos períodos erosivos de diversos paleoclimas mais úmidos e mais secos.
6. Veredito: sim, o Brasil tem montanhas, mas elas são muuuuuito antigas.
Com todos esses conceitos, você entendeu que o Brasil tem, sim, montanhas, mas elas estão expostas há muito tempo a fortes processos erosivos, que as desgastaram e as aplainaram. De qualquer maneira, não é porque são muito antigas e desgastadas que deixaram de ser montanhas, certo?
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