O que existe no centro da Terra?
Nesse vídeo, produzido pelo canal Nerdologia, você vai entender como os cientistas descobriram que a Terra não é vazia por dentro, além de conhecer o que existe até o centro do nosso planeta.
Após assistir, leia o resumo que produzimos com base no vídeo, com links para os principais conceitos que vão te ajudar a compreender os temas da Geografia abordados no material.
Afinal, como descobriram que a Terra não é oca?
Isaac Newton especulava as mesmas questões quando, a partir da lei da gravitação, ele descobriu que a densidade (a fração da massa sobre o volume) da Terra era duas vezes maior do que a das rochas na superfície do planeta.
Isso dava a entender que a Terra era preenchida por algum tipo de material. Assim, as primeiras manifestações físicas desse material pelo nosso planeta vieram com a ocorrência de terremotos.
Como os terremotos explicam que existe algo dentro do planeta?
Quando os terremotos acontecem, seja em região oceânica ou continental, o solo é deslocado e dois tipos de ondas são formadas:
Ondas P – ondas com deslocamento mais rápido e que se propagam por qualquer meio.
Ondas S – ondas com deslocamento mais lento e que não se propagam através de líquidos.
Padrão de deslocamento das ondas P e S. Fonte
Apenas em 1909, por meio de sismógrafos, descobriu-se que ambas as ondas não são constantes e que as ondas P se propagam mais rápido após atingirem determinada profundidade.
Essa descoberta levou à conclusão de que existiam meios mais densos no interior do planeta e, assim, passamos a dividi-lo em camadas.
Quais são as principais camadas da Terra?
Crosta – É a camada mais leve do planeta, atingindo espessuras entre 15 km e 70 km nos continentes e de apenas 5 km nos oceanos.
Manto – É onde encontra-se o magma, material composto por rochas derretidas e mais denso que a crosta.
Núcleo – O núcleo do planeta tem sua porção líquida, que está em constante movimento e é composta por níquel e ferro. Sua porção sólida, com 1.200 km de raio, é feita inteiramente de ferro e dá origem ao nosso campo magnético.
Porque ainda não exploramos o centro da Terra?
Não foi por falta de tentativa. Entre 1970 e 1992, os russos perfuraram a crosta em Kola, mas só conseguiram atingir os primeiros 12 km de profundidade – o mais profundo que chegamos até hoje.
Diante de tamaha grandeza, é de se imaginar que a temperatura e a pressão no interior do nosso planeta sejam insustentáveis para nós, seres humanos.
A cada quilômetro de profundidade, a temperatura aumenta de 10 a 25ºC, constituindo o grau geotérmico. Este calor vem desde a época de formação do nosso planeta, tanto pela colisão de cometas quanto pelo decaimento de elementos radioativos, como o urânio.