Simulador ambienta o ensino de temas da Geopolítica
Acompanhe o briefing que originou a ideia de um simulador de fronteiras voltado ao ensino de geografia.
Estado, nação e território são temas relevantes nas abordagens realizadas no ensino de Geografia, especialmente sob o ponto de vista da capacidade de intervenção desses elementos na produção do espaço geográfico. A definição de fronteiras é um dos aspectos relacionados à formação territorial dos Estados modernos.
As fronteiras são parte do nosso imaginário. Não apenas as fronteiras políticas que delimitam países, estados, municípios, mas, também, outros tipos de fronteiras, como, por exemplo, as faixas de transição entre os diferentes domínios fitogeográficos e até mesmo a fronteira do nosso corpo, a fronteira que define o espaço de circulação do pedestre e dos automóveis na cidade… Há muitos exemplos para ilustrar esse tema.
No caso das fronteiras políticas, a questão da identidade nacional assume um papel importante na definição do Estado-nação. No mundo, há muitos exemplos de territórios em disputa por diferentes povos. Esse foi o recorte escolhido para ambientar o conteúdo relacionado à formação dos Estados modernos, com foco na definição de territórios e fronteiras.
Na ambientação, inventamos um território fictício, habitado há séculos por dois povos distintos, cada um com a sua própria identidade. Tudo começa por um infográfico, onde o estudante conhece cada um dos povos, com informações sobre cultura e história.
As formas de utilização do território por cada um dos povos também podem ser exploradas. O rio, as terras férteis e a disponibilidade de minérios e o litoral refletem alguns usos do território e, em alguns casos, são objeto de disputa.
Por fim, demos ao estudante o papel de mediador desses conflitos que envolvem o uso do território. Cabe a ele a decisão de optar por uma proposta de fronteira, que utiliza critérios diversos para dividir o território entre os povos. Uma das opções é considerar o traçado do rio na definição da fronteira. A outra é considerar a atual demografia do território. A última,mais simplista, é dividir o território exatamente ao meio.
A opção do estudante gera um resultado específico. Após a fronteira ser definida, há um feedback com a repercussão do tratado geopolítico colocado em prática. Há muitas possibilidades a explorar nos textos de feedback. Independente de qual for o resultado, o objetivo do objeto de aprendizagem é o de ilustrar a complexa disputa por territórios, onde vários aspectos sociais e físicos devem ser levados em conta.
Com esse simulador de fronteiras, os estudantes vivenciam o conteúdo, tornando o aprendizado mais efetivo. Conhecer, analisar, estabelecer relações com os conteúdos estudados, formular e justificar atitudes são algumas das habilidades contempladas pelos simuladores com enfoque no ensino de Geografia.
Esse foi mais um gratificante trabalho realizado para o sistema de ensino COC, cujo design foi realizado em conjunto com os meus colegas da Pearson Education. O material está disponível para os estudantes do sistema de ensino.