Vocalista do System of a Down faz clipe sobre genocídio armênio
Serj Tankian é mais conhecido por ser o vocalista da banda de metal alternativo/hard rock System of a Down, da qual faz parte desde 1994. A relação da banda com o genocídio arménio é bastante directa, pois todos eles são arménio-americanos e descendentes dos sobreviventes do genocídio. O próprio Tankian tem-se distinguido como activista empenhado em diversas causas, nomeadamente críticas ao sistema prisional norte-americano e até mesmo questões ambientais.
Escusado será dizer que a luta pelo reconhecimento internacional do genocídio arménio é particularmente importante para ele. Como disse recentemente à revista Rolling Stones, ao falar de justiça:
Penso que para nós é importante que a Turquia conheça a sua própria História de forma fidedigna. Não se trata apenas do genocídio de arménios, gregos e assírios, mas sim o que está a acontecer neste momento. Não estão a ser postos em prática acordos internacionais que visem pôr fim ao genocídio. Independentemente do grande número de organismos das Nações Unidas e até de órgãos com base nos Estados Unidos, em matéria de prevenção do genocídio não há nenhuma resolução vinculativa que ponha fim a qualquer genocídio ou holocausto em curso. Continuamos a ver que acontecem. Li hoje na imprensa que foi descoberta uma vala comum em Deir Ezzor, na Síria, resultante dos massacres do Estado Islâmico (ISIS) contra uma tribo local, e isso fez-me lembrar todas as ossadas que estão sob essas areias em Deir Ezzor, desde o primeiro genocídio no século XX, exactamente no mesmo lugar. Se isto não é simbólico, não sei o que é.
Se o metal não faz o seu género, não desespere. Tankian é um artista prolífico. O vídeo ‘100 years’ inclui músicos de Duduk (flauta arménia), Daouli (tambor regional),Lyra (instrumento regional de cordas com arco) e Kanun (instrumento regional de cordas), bem como guitarra, piano e violino, com Tankian como vocalista. Esta bela performance faz eco da pesada história sofrida por arménios, gregos e assírios.
Conforme a sua descrição: “o vídeo é uma comemoração sombria para honrar as vítimas arménias, gregas e assírias do primeiro genocídio do século XX.”